Dentre os Cursos Apresentados por Benito Pepe temos um Curso de Filosofia e Astronomia muito Especial chamado “A Filosofia e a Astronomia Instâncias em que o Deslumbramento Aparece”.
Para saber sobre as próximas turmas e outras informações, favor Entrar em CONTATO neste Site/blog (em Contato, também há telefones).
Apresentação do Curso:
Este curso é elaborado para leigos em filosofia e astronomia, portanto tem uma linguagem de divulgação “científica”. O principal objetivo do curso é mostrar, através de uma locução simples, a nossa posição psicológica, espacial e filosófica dentro deste cosmos, universo em que vivemos. Isso não exclui de maneira nenhuma a presença daqueles que têm conhecimentos em filosofia e astronomia, pois estes também serão levados a uma reflexão, que seguramente muitos não a tiveram. Veja no final deste texto os comentários do Dr. Rafael Haddock-Lobo.
O Curso faz uma viagem no tempo e no espaço. Viaja na história da Filosofia com um viés filosófico científico pautado na Astronomia, Física e Cosmologia. E viaja no Espaço do Universo, também de maneira reflexiva. A “Viagem” se dá portanto em dois sentidos: um Filosófico e outro Cosmológico. No transcorrer do curso você perceberá que o estudo da physis (física ou natureza) foi uma das primeiras reflexões filosóficas do homem e que a partir daí esse homem começa a desenvolver um novo saber…
Veremos que a Astronomia e a Física marcam de maneira muito especial todo o pensamento da humanidade em sua história. Isso começa nos primórdios da civilização humana e continua até os dias de hoje.
Uma das diversas questões reflexivas apresentadas no curso é o fato de como o homem antigo via a natureza, o cosmos, a vida e os deuses. E como esse homem vai modificando sua maneira de observar tudo isso. E através de “outros olhos,” em vários sentidos, vai mudando seu lugar no cosmos.
Veja abaixo o resumo de uma das minhas monografias apresentadas nas Pós-graduações em Filosofia da PUC-Rio. Uma Especialização em “filosofia contemporânea” e outra em “filosofia antiga”:
Nesta monografia evidenciamos a relação frutífera entre a Astronomia/física e a filosofia na história do pensamento. Uma das questões para reflexão que pretendemos levantar, além do thauma perdido no transcorrer do tempo, é o distanciamento que se processou entre o homem e a natureza, indicando a maneira como o homem via a natureza (physis) e como esse homem passou a vê-la após a modernidade. Começamos nos primórdios da filosofia no final do século VII a.C; depois apresentamos o período clássico especialmente em Aristóteles (séc. IV a.C). Falamos da modernidade (séculos XVI e XVII); e por fim enfatizamos o novo papel da física em uma “nova cosmologia” no século XX. Em nosso tempo tratamos sobre Einstein na teoria da relatividade e Heisenberg na física quântica. Perceberemos que tanto a Astronomia/física influenciou a Filosofia, como esta implicou naquela.
Para ver a Introdução desta monografia, clique Aqui!
Espero-te em nossos encontros no Curso de Filosofia e Astronomia.
Para mais informações entre em contato.
Abraços do Benito Pepe
Comentários do Dr. Rafael Haddock-Lobo (1) Feito para uma de minhas monografias.
A monografia de Benito, sob um aspecto geral, apresenta um tema que merece, logo de início, louvor por seu caráter autêntico. Tal tema – a relação entre a filosofia e a astronomia – nunca fora antes calmamente explorado sob seu aspecto filosófico. E, nesse sentido, o texto de Benito serve como uma interessante inspiração para se pensar tal relação.
Além disso, cabe que se ressalte a pertinente divisão da monografia, que ajuda ao leitor se localizar historicamente no tema.
Como leitor leigo, gostaria de sublinhar meu aprendizado em tal leitura que tem, a meu ver, uma das mais importantes posturas que a filosofia deveria adotar: a preservação e a vontade de manter preservado o espanto!
Se, retomando Derrida, a filosofia deveria aprender a tremer e a suportar o tremor, tal como Abraão frente à sua tarefa silenciosa, do mesmo modo o pensamento espantado e espantoso deveria ser aquele que mantém sempre certo frescor como aquele que temos como quando, pela primeira vez, bem distante da cidade, no campo, na praia ou na serra, nos assombramos com a infinitude do céu.
Fico muito feliz por ter acompanhado em grande parte o percurso do Benito, e sincera e felizmente surpreso de ele ter conseguido estruturar este belo texto (devido à dificuldade do tema). Por experiência própria, sei do risco que corremos quando pretendemos trilhar um terreno em que não há muitos textos de comentadores para nos apoiarmos – e com isso corremos o risco de cairmos em nossas opiniões e “achismos”. Mas outro dos méritos deste trabalho consiste na persistência e na seriedade com a qual o autor percorreu seus estudos.
Por essa razão, não poderia atribuir senão a nota máxima a este trabalho (10,0) e parabenizar tanto o Benito, por tudo o que foi aqui dito, mas também ao Marcus, por aceitar esta empreitada e por orientar tão bem os meandros desta monografia.
No mais, coloco-me à disposição para quaisquer dúvidas e deixo aqui meus (celestiais) abraços,
Rafael Haddock-Lobo
(1) Rafael Haddock-Lobo Cursou graduação em Filosofia na UFRJ, mestrado e doutorado em Filosofia na PUC-Rio e pós-doutorado na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP. É professor do Departamento de Filosofia e do Programa de Pós-Graduação em Filosofia da UFRJ. Tem experiência na área de Filosofia, com ênfase em Filosofia Contemporânea. É autor de “Da existência ao infinito: ensaios sobre Emmanuel Lévinas”, “Derrida e o labirinto de inscrições” e “Para um pensamento úmido: a filosofia a partir de Jacques Derrida”, membro do Núcleo de Estudos em Ética e Desconstrução (NEED/PUC-Rio) e coordenador do Laboratório KHORA de Filosofias da Alteridade (KHORA/UFRJ) e do GT Desconstrução, Linguagem e Alteridade, da ANPOF. Atualmente é Vice-Diretor do Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da UFRJ, Chefe do Departamento de Filosofia da UFRJ e Membro da Comissão de Bolsas e da Comissão Deliberativa do Programa de Pós-Graduação em Filosofia da UFRJ.