O objetivo deste texto, como o próprio título já evidencia, é o de comentar a estética na contemporaneidade, especialmente no mercado de produtos e serviços. Mas antes vamos conceituar e contextualizar a estética em alguns períodos da história. Pretendemos explanar sobre a importância que a estética toma em nossos dias. Incluímos aqui, todo tipo de estética mercantilizada. Por exemplo, a preocupação contemporânea com a “beleza estética,” em todos os sentidos, tanto quanto aos objetos de consumo, como também, com a própria “beleza humana” que muito é comercializada.
Acredito que, talvez, não tenha havido nenhum momento da história da humanidade, que se tenha dado tanto valor à estética em todos os objetos de consumo, desde os que estão em nossas mãos, como os celulares ultramodernos – por exemplo – que também são usados como aparelhos de telefone – tanto quanto a outros produtos como: os automóveis, utensílios domésticos, acessórios do ambiente de trabalho, entre tantos outros produtos inimagináveis. E tudo isto com uma atração extraordinariamente elaborada. Tudo está evidentemente pautado em um visual estético incrementado para nos atrair, para nos emocionar. Tudo é feito como “verdadeiras” obras de arte… mas o que são obras de arte? O que é estética? E como ela é usada nos nossos dias?
Estamos na época da estética, hoje tudo precisa, além de ser útil, ser estético… belo, encantador, superior a tudo e a todos…
É a mídia, os meios de comunicação que “moldam” esta massa e estes produtos, a divulgação ou fabricação do que é belo ou não, no sentido mercantilista e social ou para o inventivo status produzido, como veremos.
1.2. Estética
O termo estética, de origem grega, segundo a enciclopédia Barsa, ou a Mirador no verbete correspondente, “significaria etimologicamente: teoria sobre a natureza da percepção sensível” ou “faculdade de percepção pelos sentidos, estese”.
“Numa palavra, a estética é o estudo do belo e da arte em geral, do ponto de vista histórico, científico e filosófico.” Barsa (1994), volume 7 (p.184)
Segundo Blackburn no dicionário Oxford de filosofia (1997), estética é: “O estudo dos sentimentos, conceitos e juízos resultantes de nossa apreciação das artes, ou da classe mais geral de objetos considerados tocantes, belos ou sublimes.” (p.127).
Podemos dizer assim que a estética, de certa maneira, cuida ou aprecia o emocional das pessoas no que tange às artes ou objetos em geral considerados ou não de consumo. Ele continua dizendo no verbete que:
A estética se preocupa com problemas tais como: O que é uma obra de arte? O que torna uma obra de arte bem-sucedida? Pode a arte ser um veículo da verdade? … Por que tiramos prazer estético do inesperado, como acontece com as tragédias ou com o horror de algumas cenas naturais? …. Qual é o papel da imaginação na produção e na apreciação da arte? (p.127).
Segundo Blackburn, muitas destas questões, tem origem em Platão. Ele cita os diálogos: Íon, o Banquete e Fedro e diz que os mesmos preocupam-se com o lugar da beleza na ordem das coisas. Já no período moderno a estética torna-se autônoma com a obra de Baumgarten, entre outros, e sobretudo em Kant:
Na Crítica da faculdade do juízo, Kant aborda o problema de saber como são possíveis os juízos de beleza, já que não são passiveis de demonstração ou de qualquer redução a regras e estão tão intimamente relacionados com a expressão do prazer do sujeito. Sua solução se baseia na consciência de que há uma harmonia entre o entendimento e a imaginação e que, uma vez que essa harmonia pode ser apreendida por qualquer ser racional, os juízos de gosto podem ser partilhados pelos outros, atingindo assim a sua necessária objetividade. (p.127).
Assim temos que para Kant a beleza seria algo com uma tal universalidade. Algo para ser compartilhado.
Entendemos então o porquê de uma “preocupação” que se há em partilhar o que achamos belo ou estético. E por isso nos sentimos bem quando as pessoas para as quais tecemos um comentário, sobre um filme, ou sobre um objeto específico, e elas também gostam, também acham interessante, belo, estético, isto nos faz sentirmos “felizes” conosco mesmos, como se tivéssemos compartilhando verdadeiramente esta noção, esta emoção e este prazer proporcionado por tal “beleza”.
Mas, talvez nem sempre tenha sido assim, a visão da arte e do belo muda um pouco na história, vejamos: dando umas “pinceladas” nesta história.
BELTRÃO, Maria da Conceição de Moraes Coutinho. Ensaio de arqueologia: uma abordagem transdisciplinar. 1.ed. Rio de Janeiro: ZIT Gráfica e editora, 2000, 184p.
BLACKBURN, Simon. Dicionário Oxford de filosofia. 1.ed. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1997, 437p.
CHAUI, Marilena. Convite à filosofia. 13.ed. São Paulo: Ática, 2005, 424p.
__________. Introdução à história da filosofia: dos pré-socráticos a Aristóteles, volume 1. 2.ed. São Paulo: Companhia das Letras, 2002, 539p.
ENCICLOPÉDIA, Barsa. Rio de Janeiro – São Paulo: Encyclopaedia Britannica do Brasil Publicações, 1994. V. 7, p.184-186.
______________, Mirador Internacional. Rio de Janeiro – São Paulo: Encyclopaedia Britannica do Brasil Publicações, 1994. V. 8, p.4212-4218.
JAPIASSÚ, Hilton; MARCONDES, Danilo. Dicionário básico de filosofia. 4.ed. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2006, 309p.
MARCONDES, Danilo. Iniciação à história da filosofia: dos pré-socráticos a Wittgenstein. 9.ed. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2005, 298p.
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[…] Continuando esse texto… Escrevo agora, neste pequeno tópico, às vezes de forma um pouco fragmentada. Isto se dará de propósito, faz parte de um estilo, e retrata um período da história da filosofia da arte, e também representa algumas das minhas anotações. Para Platão, como nos relembra a Enciclopédia Mirador (1994) o belo era aquilo que imitasse da melhor maneira possível tudo o que estava no “mundo das idéias” assim quando um marceneiro fazia um móvel: […]
[…] Continuando e concluindo esse texto… Na contemporaneidade as obras e a estética passam a ser mercantilizadas em vários aspectos na sociedade, não só nas obras de arte, como sabemos, pois esta teve várias fases e sempre dependia de alguma maneira dos “investidores” para que ela pudesse existir. Houve a época que eram as religiões, outras que foram os governos, e agora é, em muitos casos, o valor de mercado gerado pelo capitalismo. Conforme comenta Chaui (2005) […]
paula
11 anos atrás
esse texto e muito raro e mentiroso
Benito Pepe
11 anos atrás
Olá Paula, fica aí sua opinião…
Abraços, Benito Pepe
[…] Continuando esse texto… Escrevo agora, neste pequeno tópico, às vezes de forma um pouco fragmentada. Isto se dará de propósito, faz parte de um estilo, e retrata um período da história da filosofia da arte, e também representa algumas das minhas anotações. Para Platão, como nos relembra a Enciclopédia Mirador (1994) o belo era aquilo que imitasse da melhor maneira possível tudo o que estava no “mundo das idéias” assim quando um marceneiro fazia um móvel: […]
[…] Continuando e concluindo esse texto… Na contemporaneidade as obras e a estética passam a ser mercantilizadas em vários aspectos na sociedade, não só nas obras de arte, como sabemos, pois esta teve várias fases e sempre dependia de alguma maneira dos “investidores” para que ela pudesse existir. Houve a época que eram as religiões, outras que foram os governos, e agora é, em muitos casos, o valor de mercado gerado pelo capitalismo. Conforme comenta Chaui (2005) […]
esse texto e muito raro e mentiroso
Olá Paula, fica aí sua opinião…
Abraços, Benito Pepe
[…] A Arte e a Estética Contemporânea no Mercado Consumidor de “Produtos e Serviços” […]